segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Palavras soltas que me soltam


O realismo da tua presença
O impressionismo da tua lealdade
Consequentemente, o simbolismo da estética perturberante, que é dada gratuitamente pela sociedade, assim imposta, como a verdade...
Essa fugaz verdade, nua e desprovida de defesas.
Experimento a tua dor... gosto!
Rasgas as páginas do meu jornal
Destróis tudo quanto me pertence
Roubas-me o espírito, a alma fica dorida comigo.
A mágoa assombra-me
És leve e subtil, mas cruel.
Deixas o pó, eu sigo os rastos escritos e controversos do teu invejoso ser. Cedo me perco, és vazio, frio, vegetal.
És crú... sem cor!
As minhas formas femininas seduzem o teu ego cheio, que pequeno se torna. Desejas o corpo, o sangue quente, o pecado prazeroso que nunca saborearás.
Pobre, pobre te mostras sem razão, sem conteúdo visível ao toque.
Cruzo os dedos, lanço um beijo em falso!
Espero em bicos dos pés, arrancas-me o chão, fico cruelmente suspensa, o sangue arrefece no meu corpo, fico fria, como tu, vegetal, insensível, mortal...

E são estas as palavras soltas que me soltam...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Back to work!


Chegada ao local, não do crime, mas do episódio que aqui vou relatar, Maria Romana depara-se com uma recepção bastante enfumarada, protagonizada por alguns estudantes que, no seu período de descanso lectivo, envolviam alegremente os seus pulmões numa negridão profunda!
Sentindo-se um pouco só, pega no seu telemóvel e liga para um colega:
- "Então João, onde estás? Ando aqui um pouco perdida!" Ao que João responde:
- "Ainda não estou na escola Maria, devo chegar um bocadinho atrasado!"
Bem, a situação por si ja não era agradável, mas ainda conseguiu ficar pior quando esta jovem se vê obrigada a procurar uma suposta sala de aula numa escola até então pisada pelas primeiras vezes!
- "Desculpe, sabe-me dizer onde fica a sala 34?" Pergunta Maria Romana educadamente a uma auxiliar de educação.
- "Sim, sim! Essa sala fica ali atrás nas oficinas!"
Nas oficinas? Uma sala onde vai ser dado Direito numa oficina? Enfim, M.R. continua a sua busca!! Sentindo-se um pouco perdida, volta a fazer a mesma pergunta a uma cara relativamente conhecida que por ali passava!
- "Olha, tens de passar por aqui (uma espécie porta para o além) e depois é lá atrás!"
Passada a tal porta e dobrada a esquina, um longo caminho a percorrer...
M.R. anda... anda... até que encontra um grupo de estudantes reunidos em frente a uma porta! "Boa", pensou ela, "deve ser ali"! Mas, alegria esgotada, cedo percebe que um obstáculo a separava do desejado destino, obstáculo esse que fazia parte das obras que decorriam no local... um monte de areia e cimento, que ocupava, em largura, todo o espaço envolvente por onde poderia passar! Rapidamente observa o seu pezinho delicado que, maior dos acasos, está calçado com um belo dum chinelinho! "Oh, mas que maravilha! E agora?!" Perspicaz como é, contorna o aparato por um "passeiozito" de arvoredo cerrado e, surpresa das surpresas, não é que pôs mesmo o pé na poça (monte de areia)?!
Sacudida a roupa e o chinelo, finalmente no ponto "x"!! Após um longo tempo de espera, um alto sr. de figura distinta abre a porta da "sala".








... "Sala?... Oficina?... Isto mais parece uma sala de arrumos que não é aberta ha séculos!" ...


Resumindo, futuro pomissor? Sem dúvida!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Lucidez

Insanidade incompleta
Mente aberta, exposta ao ar.
Desespero, desconsolo,
Desconforto ao amar.
Espreito, abro, toco…
Vejo o silêncio a passar.
Vou em direcção ao sol
E pego na tua mão,
Para na noite me encontrar.

Desdobro-me, vejo-me em pedaços.
Sinto falta do teu calor naquele abraço;
E lembro-me…
Que já não sou perfeita
Na minha asa direita!